sábado, 29 de março de 2014
Daylight Saving Time
Melhor do que a chegada da Primavera, que de resto chegou e já se foi embora, é a chegada do Verão, com a mudança da hora e o designado "Horário de Verão".
Quem sabe o São Pedro nos tenha reservado a passagem direta para a estação mais quentinha do ano. Veremos se assim é nos próximos dias.
Na próxima madrugada, pela 1 hora da manhã, os relógios adiantam uma hora.
Para quem está a dormir representa menos uma hora de sono.
Para quem está acordado representa menos uma hora de diversão.
Para quem está a trabalhar representa menos uma hora a fazê-lo. Sorte a dos que forem recompensados de igual forma.
Perdemos uma hora de vida, que recuperaremos daqui a uns meses.
Ganhamos luz e, oxalá, Sol, que nos revitalizará com a sua vitamina D.
Como sou curiosa e procuro a origem das coisas, acabo de descobrir que a ideia original pertence a Franklin, algures em 1783, numa tentativa de poupança de cera de vela, a qual não terá merecido o acolhimento dos seus pares. Só bem mais tarde, na Primeira Grande Guerra, a Alemanha adota o Horário de Verão, procurando poupar carvão. Pragmaticamente e sem floreados como é hábito, os ingleses chamam "daylight saving time" ao Horário de Verão.
Ganhamos assim na fatura energética e o Ambiente agradece!
terça-feira, 25 de março de 2014
Até ao infinito e mais além!
in·fi·ni·to
1. Não finito; sem fim.
2. Ilimitado, eterno.
3. Absoluto.
4. Inumerável.
Amuletos.
Há seis meses comprei asas.
Brincos-asa.
Há seis meses comprei asas.
Brincos-asa.
Acreditava que me tornariam mais rápida na corrida.
Não tornaram.
Não tornaram.
Talvez precisasse de treinar como se não houvesse amanhã para ser rápida.
Mais rápida não consigo ser.
Mudo agora a estratégia.
Mais rápida não consigo ser.
Mudo agora a estratégia.
Tentarei ir mais longe.
Pelo sim, pelo não, comprei o pendente a fazer "pandã".
Talvez o guarde dentro do camelback e o leve também comigo.
Quero ir mais longe.
Até ao infinito e mais além.
Na corrida e noutras coisas também.
Talvez o guarde dentro do camelback e o leve também comigo.
Quero ir mais longe.
Até ao infinito e mais além.
Na corrida e noutras coisas também.
quinta-feira, 20 de março de 2014
Bem-vinda, Primavera
21 de março, 16:57, Equinócio da Primavera.
Hoje o dia será igual à noite. Dia e noite terão a mesma duração.
Daqui para a frente, até ao Solstício de Verão, veremos os dias crescer. Todos os dias, um pouquinho mais de luz.
Gosto disso. Dias grandes.
A Inês e o Diogo acreditam que a mamã chega mais cedo à escola para os ir buscar. Mas, em boa verdade, a mamã chega sempre à mesma hora.
A mamã, quando não tem que ser mamã por um pedacinho, pode beber um copo ao final da tarde no terraço do Tivoli Avenida, ao som da música do Bruno e da Gabriela, ver Lisboa inteira e deliciar-se com o Sol a pôr-se.
Com os dias maiores, aumenta também a probabilidade de chegar a mais uma meta numa qualquer serra... antes do Pôr-do-Sol!
Os dias grandes parece que fazem o tempo crescer.
No tempo presente, em que o tempo escasseia, ter mais tempo é uma preciosidade.
Primavera, brinda-nos com bom tempo, pode ser?
Tempo. Uma palavra. Três sentidos.
sábado, 15 de março de 2014
Depois d'O Caminho, sigo o meu caminho
Seis dias depois calcei os ténis e fui correr.
E que bem que soube.
Não o fiz antes porque não me apeteceu.
Cheguei ao fim d'O Caminho sem quaisquer lesões, contusões ou luxações. Nem uma bolhinha sequer.
Simplesmente não me apeteceu.
Ofereci-me a mim mesma seis dias de folga.
Fui correr no Parque das Nações, enquanto a Inês e o Diogo treinavam para serem a Sharapova e o Djokovic. Concluí que continuo a correr em bicos de pés, a gostar de sentir os ombros destapados ao sol e ao vento e que o rio Tejo continua bonito.
Se tudo tivesse corrido como previsto, teria publicado algo sobre O Caminho. Sobre a minha experiência d'O Caminho. Estava tudo acertado. Seria redigido a 4 mãos, como prometido há muito. Já tínhamos título e tudo. "O Caminho a quatro mãos (e treze pares de pés)". Os pés da Naná incluídos, pois claro.
Mas, seis dias e algumas tentativas depois, concluo que tentar escrever algo a meias com o Rui é tão desprovido de sentido como pedir a um aprendiz de pintura que pinte com Monet. O Rui, Monet portanto, já escreveu tudo e fé-lo de forma fantástica.
Há adicionalmente uma característica particular nesta aventura que foi O Caminho. É algo nosso. Vivido com outros que o partilham connosco, mas é algo absolutamente nosso.
Mais do que pensar, obriguei-me a não pensar.
É necessária muita disciplina para não pensar. Rapidamente nos distraímos e começamos a pensar em algo. Creio que não pensar me trouxe muita coisa boa. E estou certa que ainda estou a aterrar d'O Caminho e muito falta para descobrir.
Guardo por isso estes cinco dias comigo, reiterando o que escreveu o Renato há dias: "façam O Caminho". Dificilmente teremos tanto tempo para nos próprios como temos "ali".
Chegada a Santiago no domingo passado confesso que perdi o "Norte". "E agora?", pensei eu. Não encontrei o meu "eu interior". Talvez o meu "eu interior" seja francês. Se for o caso a resposta estará no Caminho Francês. Quem sabe, um dia!
Depois de recolher a Compostellana na Oficina do Peregrino, a qual atesta a minha condição de Cidadã de Compostela e me atribui o honroso nome de Susannam, segui para comprar a tradicional vieira. Na realidade deveria ter-me acompanhado desde o primeiro quilómetro, pois diz a história que era nela que os peregrinos bebiam água a caminho de Santiago.
Diz-se que a vieira (concha) significa proteção e busca de conhecimento, sendo que a devemos devolver ao mar depois de completado O Caminho. Assim sendo, O Caminho só estará completo quando se chegar a Finisterra, 80 km a noroeste de Santiago.
E é até lá que irei, ainda em 2014, a partir da Catedral de Santiago.
segunda-feira, 10 de março de 2014
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