A 8 de outubro começou o evento “faltam 40 dias para os 40”.
Sempre fui miúda de festas.
Bem cedo, ainda novinha,
convidava todos os meninos e meninas da Base das Lages para comigo apagarem as
velas. Mais tarde, suplicava (não era preciso suplicar muito) à minha mãe que
cozinhasse verdadeiros banquetes para os amigos que recebia em casa – primeiro
os do colégio, depois os da faculdade.
Já “crescida” (madura, talvez, porque
nunca cresci grande coisa), comecei eu a tratar da logística. Umas vezes em
casa, outras fora.
Gosto de fazer anos e de os celebrar. Sinal que estou viva e
de boa saúde.
Andei meses a pensar como iria comemorar a entrada nos 40.
Sim, também sou pessoa de muito e antecipado planeamento. Pensei que
enveredaria pela forma mais tradicional – juntar todos os amigos, num espaço
suficientemente grande, pois há muita gente de quem gosto (e aposto que gosta
de mim). Se encontrar um espaço seria fácil, mais difícil seria ter todo o tempo
que gostaria para dedicar a quem gosto.
E então lembrei-me.
Recuei no
calendário 40 dias e decidi que iniciaria assim o processo de celebração, em
diferentes dias, diferentes momentos, diferentes pessoas, diferentes
experiências. Uma espécie de celebração cigana, mas antecedendo a data festiva.
Porque tenho que fazer isto (e ver quem quero) antes de iniciar a vida que
então começará. É o que dizem, certo? Que a vida começa aos 40. Então vamos lá
fechar esta (vida) com alegria.