Na dúbida, leba. Repito. Na dúbida, leba o traje típico da região onde bais correr.
É certo que inicialmente te olharão de soslaio, mas depois... depois concluirás que sabe bem "pertencer à terra" onde corres. "Olhá minhota"! "Força bianense"! "A minhota mai linda de Portugal" (a sinhôra foi muito simpática, mas é claramente míope)! Oubirás isto e muito mais. E desta forma também correrás mais, te garanto.
Corri a minha primeira meia-maratona em setembro de 2011, na nossa capital. Tinha dado os primeiros passos na corrida cerca de 6 meses antes. Na altura demorei 2h17 para chegar à meta e achei que era a maior do mundo. Também achei que dificilmente recuperaria das dores musculares que a "proeza" me havia deixado. Mas recuperei. Recuperei e continuei a correr.
Um ano depois, 2012 portanto, corri a minha primeira maratona. Em Amesterdão vi meninas-borboleta e corredores mascarados de super-heróis. No momento em que passei a barreira dos 32, mais coisa, menos coisa, decidi que correria mascarada na maratona seguinte. E assim foi. Cinco meses depois, lá estava em Sevilha, pronta para correr 42 km usando uma saia de Sevilhana.
Creio que foi das mais sábias ideias que tive em todo o meu percurso de corredora (aquela que corre, portanto). Quatro horas e dois minutos depois cortava a meta ao "sabor" das palavras de incentivo dos verdadeiros Sevilhanos e Sevilhanas. Acredito verdadeiramente que aquela saia vermelha pontuada de bolinhas pretas fez a diferença.
Creio que foi das mais sábias ideias que tive em todo o meu percurso de corredora (aquela que corre, portanto). Quatro horas e dois minutos depois cortava a meta ao "sabor" das palavras de incentivo dos verdadeiros Sevilhanos e Sevilhanas. Acredito verdadeiramente que aquela saia vermelha pontuada de bolinhas pretas fez a diferença.
Isto explica porque corri com lenço e brincos de Minhota na Meia Maratona Manuela Machado, em Viana do Castelo, no domingo passado. Quis, uma vez mais, "pertencer à terra".
Depois de uma lesão que me "atirou para canto", preguiça à mistura, zanga com a corrida e outras razões desconhecidas, regressei no domingo. E vinha animada por estar de volta.
No bolso, que curiosamente não tinha, não levava o desejo de bater o meu melhor tempo na distância, que guardo no Douro Vinhateiro. Não poderia ousar ambicionar tal coisa, atendendo à baixa forma em que me encontro e da qual me vou libertando aos poucos. Levava sim, o desejo secreto de correr com prazer, algo que não sucedia há muito.
Bai miúda feliz boando... boando tanto quanto pude. Certo é que não me recordo da última vez em que corri 21,198 km como corri no domingo. A chuva miudinha e a temperatura fresca ajudaram. Ajudaram também os sorrisos e palavras de incentivo de amigos, conhecidos e desconhecidos à corredora de lenço de Minhota em substituição do tradicional buff.
Se estou feliz? Claro que estou. Feliz por ter feito sorrir as gentes minhotas. Feliz por ter corrido sem sirenes e outros sinais de alarme do corpo. Feliz por ter feito as pazes com a corrida. Porque ela merece. Tem-me dado mais ela a mim, do que o inverso.
A corrida, como a vida, é assim mesmo. Por vezes é necessário o afastamento para sentir saudades. Só por isto, Biana ficou no coração. As deliciosas bolas de berlim do Zé Natário também o ficaram. No coração e nas coxas.
Bemo-nos na saudosa Lousã. Veijinhos!
Bai miúda feliz boando... boando tanto quanto pude. Certo é que não me recordo da última vez em que corri 21,198 km como corri no domingo. A chuva miudinha e a temperatura fresca ajudaram. Ajudaram também os sorrisos e palavras de incentivo de amigos, conhecidos e desconhecidos à corredora de lenço de Minhota em substituição do tradicional buff.
Se estou feliz? Claro que estou. Feliz por ter feito sorrir as gentes minhotas. Feliz por ter corrido sem sirenes e outros sinais de alarme do corpo. Feliz por ter feito as pazes com a corrida. Porque ela merece. Tem-me dado mais ela a mim, do que o inverso.
A corrida, como a vida, é assim mesmo. Por vezes é necessário o afastamento para sentir saudades. Só por isto, Biana ficou no coração. As deliciosas bolas de berlim do Zé Natário também o ficaram. No coração e nas coxas.
Bemo-nos na saudosa Lousã. Veijinhos!
Olha, sabes que mais, fiquei feiiz por ler novamente os teus belos relatos :)
ResponderEliminarQuanto às bolas de Berlim do Natário...e os croissant com creme da Caravela? ouchh...
bjs
A próxima prioridade é encontrar uma boa pastelaria na Lousã! :)
EliminarObrigada!
Que saudades!!! Seja bem aparecida, miúda!! :)
ResponderEliminarObrigada, "Baby" Anabela!
EliminarBeijinho, bons treinos e até breve!
"Biste", como correu "vem"?
ResponderEliminarViana fica mesmo no coração. Quanto às bolas do Natário, essas ficam nas subidas da prova. São um excelente abastecimento pré-prova.
Benha a próxima!
Veijos!
Ainda bem então que comi antes! :)
EliminarVeijos!
Como sempre é belo o que escreves, por genuíno. Adorei a tua descrição e o voltares às corridas. Estive para ir a Viana, mas fui uma semana depois a Amarante, viagem sobre a qual irei escrevinhar umas linhas no blogue, e que desde já te convido a ler.
ResponderEliminarTenho e sinto saudades tuas amiga Su, como afirmas em relação à corrida, eu também te devo mais a ti, pois a mim nada deves.
Um dia irei aos Abutres, para entender um pouco do que sentes.
Um beijinho e obrigado por entrares na vida do velho lobo.
Al, o teu afilhado.
Saudades tuas, Al! Irei ler essa aventura em Amarante com toda a certeza!
EliminarSábado promete chuva, vento e frio, Os Abutres vão fazer um grande repasto à minha conta! :)
Beijinho!
Bem-vinda Susana, força nesse regresso!
ResponderEliminarBeijinhos
Obrigada! :)
EliminarPois é mesmo verdade, por vezes é necessário um afastamento para depressa (ou devagar) nos voltarmos a reconciliar.
ResponderEliminarComo estás, "Maria"? Beijinho com saudade!
EliminarQue bom voltar a "folhear-te". E ficas bem de leço :-)
ResponderEliminar;) Beijinho para ti!
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