(Eu, na Cascata Abútrica)
és tão linda e melhor designação não te poderia ter dado o José Moutinho, tu Lousã, a terra do petróleo verde, já somos ricos, é o que é, ai não que não somos ricos,
és tão linda e já cá venho pela terceira vez, duas vezes na versão curta, no ano passado a versão longa, mas mesmo as experiências curtas são sempre demoradas, ai não que não são demoradas,
és tão linda, mesmo com chuva, vento, granizo e frio, lindos é que não nos deixas, encharcados e enlameados até à raiz dos cabelos, ai não que não nos deixas
és tão linda em todo o lado, mas tão linda mesmo depois da Nossa Srª da Piedade, já te vou conhecendo de cor, aquele sobe-sobe que não pára, tento andar mais depressa, ai não que não tento,
és tão linda, e quero vir cá com tempo quente, aproveitar estas cascatas, ai que fresquinho, os músculos vão gostar, ai não que não vão gostar,
és tão linda, e melhor que chegar ao fim é o percurso que faço até lá chegar, não fosse isso não fazia sentido, e para o ano (ou mesmo antes) cá estarei, ai não que não estarei.
[baseado num texto sobre amores e desamores de Pedro Chagas Freitas, “ai não que não (qualquer coisa)”]
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