Há
algumas semanas cruzei-me com esta preciosidade, da autoria de Benjamin
Franklin. Redigi três linhas e partilhei no FB. Alguns segundos depois
arrependi-me e eliminei o “post”. No entanto, este “quote” ficou a marinar, a
marinar… E atingiu entretanto o ponto de rebuçado.
Tenho tido experiências de corrida verdadeiramente maravilhosas nos últimos meses. Aquilo que era uma brincadeira, virou paixão e agora vício. Por outro lado sempre gostei de palavras. Simpaticamente, a família mais próxima sempre me encorajou a escrever. Escrevia para mim, às vezes para alguém. Desde que descobri o FB e a corrida, escrevo para quem me queira ler.
Não sei muito bem porque o faço. Ainda há dias lia um artigo sobre as propriedades terapêuticas da escrita. Pensava eu que a corrida era a atividade das propriedades terapêuticas por excelência – as endorfinas, a serotonina e outras hormonas do género. Mas sejamos francos. Nos dias que correm, tudo é terapêutico. Não tarda virá algum iluminado dizer que estar duas horas por dia no pára-arranca do trânsito é benéfico para a saúde, porque nos permite atingir estados de introspeção e reflexão profundos e descobrir o “verdadeiro eu”.
Dizia eu que tenho corrido. Por aqui, por ali, por aí. E escrito sobre cada uma dessas experiências. Há quem partilhe o treino registado no garmin. Fale da velocidade média, do melhor tempo, da volta mais rápida. Eu gosto de escrever sobre a experiência “correr”. Talvez tenha interiorizado que tenho uma missão de evangelização - pôr “meio-mundo” a correr. Afinal… Antes de começar, eu também não gostava. Corria 2 metros e ficava com a vulgar dor de burro. Desesperada, portanto. E depois… Depois não mais consegui parar.
Minto. Páro agora. Páro agora porque a minha amiga Sofia, que por sinal é fisiatra, me disse que tinha que parar. “Consegues fazer isso, Susana?”, perguntou-me. Respondi “sim, claro”, interrogando-me em silêncio como isso iria ser possível.
Mas é assim mesmo. Esqueci-me que já não tenho 20 anos. Esqueci-me que o corpo precisa de descansar. Na realidade não andava a correr 40 km por semana. Andava a correr para deixar ou apanhar os filhotes na escola, a correr para o trabalho, a trabalhar a correr, a fazer o jantar a correr, a dormir a correr (quando não corria a dormir!). Enfim, uma correria. E agora… Puffff.
Não sei o que me aterroriza mais. Não poder correr. Ou não ter tema para escrever. Mas enquanto espero pela autorização para regressar ao alcatrão ou aos trilhos, irei aprender a escrever, seguindo a sugestão do amigo Jorge. E assim, quando voltar às corridas, talvez consiga escrever algo que valha a pena ler, depois de fazer algo sobre que valha a pena escrever.
Tenho tido experiências de corrida verdadeiramente maravilhosas nos últimos meses. Aquilo que era uma brincadeira, virou paixão e agora vício. Por outro lado sempre gostei de palavras. Simpaticamente, a família mais próxima sempre me encorajou a escrever. Escrevia para mim, às vezes para alguém. Desde que descobri o FB e a corrida, escrevo para quem me queira ler.
Não sei muito bem porque o faço. Ainda há dias lia um artigo sobre as propriedades terapêuticas da escrita. Pensava eu que a corrida era a atividade das propriedades terapêuticas por excelência – as endorfinas, a serotonina e outras hormonas do género. Mas sejamos francos. Nos dias que correm, tudo é terapêutico. Não tarda virá algum iluminado dizer que estar duas horas por dia no pára-arranca do trânsito é benéfico para a saúde, porque nos permite atingir estados de introspeção e reflexão profundos e descobrir o “verdadeiro eu”.
Dizia eu que tenho corrido. Por aqui, por ali, por aí. E escrito sobre cada uma dessas experiências. Há quem partilhe o treino registado no garmin. Fale da velocidade média, do melhor tempo, da volta mais rápida. Eu gosto de escrever sobre a experiência “correr”. Talvez tenha interiorizado que tenho uma missão de evangelização - pôr “meio-mundo” a correr. Afinal… Antes de começar, eu também não gostava. Corria 2 metros e ficava com a vulgar dor de burro. Desesperada, portanto. E depois… Depois não mais consegui parar.
Minto. Páro agora. Páro agora porque a minha amiga Sofia, que por sinal é fisiatra, me disse que tinha que parar. “Consegues fazer isso, Susana?”, perguntou-me. Respondi “sim, claro”, interrogando-me em silêncio como isso iria ser possível.
Mas é assim mesmo. Esqueci-me que já não tenho 20 anos. Esqueci-me que o corpo precisa de descansar. Na realidade não andava a correr 40 km por semana. Andava a correr para deixar ou apanhar os filhotes na escola, a correr para o trabalho, a trabalhar a correr, a fazer o jantar a correr, a dormir a correr (quando não corria a dormir!). Enfim, uma correria. E agora… Puffff.
Não sei o que me aterroriza mais. Não poder correr. Ou não ter tema para escrever. Mas enquanto espero pela autorização para regressar ao alcatrão ou aos trilhos, irei aprender a escrever, seguindo a sugestão do amigo Jorge. E assim, quando voltar às corridas, talvez consiga escrever algo que valha a pena ler, depois de fazer algo sobre que valha a pena escrever.
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