domingo, 26 de janeiro de 2014

Abutres para totós

Pensei em duas hipóteses de estilo para este meu escrito. Dramático ou jocoso. Optei pelo segundo. Parece-me muito mais divertido. De resto, depois do que gargalhei ontem na Serra da Lousã, só podia ser um registo animado.

Antes de mais as minhas desculpas por usurpar uma ideia do grupo de corrida Portugal Running. São grandes dinamizadores de treinos de corrida de todos os jeitos e feitios, seja em alcatrão ou fora dele.
Recentemente vi que lançavam um novo modelo de treino em trilhos, para iniciados, para o qual adotaram o nome "Trilhos para Totós". Não sei de quem foi a ideia, mas considero-a genial. E quem sabe por lá passe um destes dias, assim arranje tempo na minha preenchida agenda.

Não quero ofender os meus parceiros dos 47 km na Serra da Lousã. Não entendo nem uso aqui o termo totó de forma depreciativa. Vão-me desculpar, mas aquilo não é para quem quer. É para quem pode. E quem pode é quem treina e está livre de entorses, contusões, luxações e outros palavrões! Ou treinamos afincadamente para uma prova daquela estirpe - hard trail, dizem eles - ou então pareceremos efetivamente uns totós. E mais totós ficamos com todos aqueles que cruzam a meta antes de nós. Começaram a chegar 7 horas antes de nós!

Ontem saí do meu corpo por diversas vezes e fiquei a observar-me. "Quem é aquela totó ali enterrada no meio da lama?", perguntava eu. Uns metros adiante, surgia uma parede, deixava novamente o meu corpo e interrogava lá de cima "diz-me lá, sua totó, como pensas agora subir essa rocha, mais alta do que a altura das tuas pernas?", contemplando todo aquele cenário, flutuando por entre o nevoeiro e tentando afastar a neblina para me ver melhor. Foram 47 km de espetáculo digno de se ver, vos garanto.

Digna de ser ver é também a Serra da Lousã. Como sempre, de resto. A Serra da Lousã não nos desilude, por isso tratem de não a desiludir também. Uma das coisas positivas de ficar cá atrás - cá atrás mesmo, com os vassouras a metros de nós -, é fazer serviço cívico. E todos nós, 4 na altura, apanhámos qualquer coisa do chão. Melhor, várias coisas do chão. Creio que esta noite dormi mal porque me incomodou lembrar que ignorei um pacote de lenços de papel que se encontrava junto à água, porque simplesmente já me tinha esquecido como dobrar as pernas. O cansaço era demasiado. Senhores e senhoras trailers, vão-me desculpar, mas o lixo é no sítio certo. A serra não é de todo o sítio certo. Está dado o puxão de orelhas. Adiante.

Tenho que visitar a Lousã com 30 graus centígrados à sombra. Não deixei de mergulhar os pés e as pernas naquela água ontem. Fi-lo inúmeras vezes. Mesmo quando o percurso não o exigia. Mas quero efetivamente mergulhar ali o corpo todo. Não percebo porque foram rodar aquele filme muito velhinho chamado "Cocktail" à Jamaica. As cascatas da Lousã são muito mais bonitas. O verde da Lousã é muito mais bonito. E acredito que por ali se coma bem melhor. Só não garanto, porque nunca fui à Jamaica.

O que é certo, é que aos 5 km interiorizei que não terminaria a prova. A dificuldade de progressão no terreno era de tal forma notória, que perdi as esperanças de chegar à meta naquela que seria a fase mais fácil do percurso. Os ténis não se soltaram dos pés por milagre, mas deixei metade do bastão atrás. Melhor. Não deixei. "Chafurdei" na lama, recuperei-o e transportei-o naturalmente até ao primeiro abastecimento, onde o coloquei no devido lugar. De resto, mas valia ter deixado tudo, porque mais tarde verifiquei que os bastões eram mais um empecilho do que uma ajuda. Para galgar pedras precisava das mãos. Para escorregar precisava das mãos. Aprendi a lição.

Entretanto o ânimo surgiu de não sei onde e acreditei de novo. Por pouco tempo. Aos 20 km olhei para o relógio e verifiquei que estava demasiado próxima do tempo de corte. O primeiro tempo de corte. 5 horas para 25 km. Nem nos meus piores cenários - sim, desta vez estudei a lição uns dias antes - considerei não chegar ao primeiro controlo de tempo com alguma folga. Cheguei à Sra. da Piedade com 5h36 e com um misto de nó no estômago e alívio. Nó no estômago porque ali daria por terminada a minha prestação ao exceder o tempo limite e ninguém se propõe ir tão longe para fazer apenas metade do objetivo. Alívio pela visão de um banho quente, de uma refeição sentada e a possibilidade da contemplação da serra umas centenas de metros abaixo. Errado. Os tempos de controle e respetivo tempo máximo de prova haviam sido aumentados em 60 minutos. E transmitiram-nos naquele preciso momento. Afinal, naqueles bandas, as Nossas Senhoras têm mesmo piedade!

E prosseguimos. Prosseguimos eu, o Carlos, o Luís e o João. Os dois primeiros a recuperar de lesões e o último, para além de lesionado, mais interessado em tirar fotografias do que chegar rápido à meta. Ora sendo eu lenta, não poderia estar melhor entregue!

Depois dos 25 km, esperava-nos nova subida. Daquelas que sobem, sobem... e continuam a subir. Uns quilómetros adiante comecei a reconhecer o percurso e vi-me em 2013. Sozinha, na minha segunda prova fora de estrada, a fazer os 23 km dos Trilhos dos Abutres. Sorri porque me recordei que na realidade na altura me havia inscrito na prova maior. A dias do evento, um rasgo de lucidez e bom senso, aliado a uma lesão ligeira e aquilo a que na gíria chamam "miufa", levou-me a fazer downgrade para os 23. Hoje sei, porque a completei ontem, que nunca teria conseguido terminar os 47 km há um ano atrás. Sabia lá eu o que era a vida na montanha!

Entretanto mais um abastecimento, um extra, e bebemos um chá quente. Chega também a Analice e o Fábio, com mais vassouras. Tanto totó para empurrar. Conto-os e verifico que são precisos mais vassouras do que totós! Metemo-nos a caminho e logo se segue o trilho em single track por entre pinheiros que já me havia deslumbrado há um ano. Adoro aquele trilho. Aquele trilho tem um nome, sabiam? "Trilho onde a totó consegue correr como a Anna Frost... Bem... Quase"!

Em Gondramaz, elementos da organização gritam lá de cima avistando 4 totós e os vassouras. A Analice e o Luís já haviam seguido na frente. Ficou connosco o Fábio, sobrinho do José Carlos, o Mr. Vassoura-Simpatia. "Despachem-se! Faltam 8 minutos!", exclamam lá de cima. Não sabemos se falam sério, mas desatamos a correr prado fora e chegamos a tempo. Já passaram 9h50 desde que parti. Sento-me pela primeira vez por uns breves segundos. Tenho medo de ficar mais tempo. Poderei não me conseguir levantar. Já só faltam 10 km e está na altura de ligar o frontal.

O percurso é comum ao dos 23 km que já conheço. "O ano passado estava aqui um fotógrafo", digo. "Tenho uma foto aqui", esclareço. Era de dia. E estava um lindo dia de sol.

Pelo contrário, agora está escuro e o ar quente que expiro mistura-se com a luz do frontal tornando a visibilidade muito fraca. Mas que é lindo assim, caramba, se é! Tentamos descobrir as fitas e iniciamos o labirinto das pontes tortuosas. Tortuosas porque são pontes toscas, rugosas, traiçoeiras. Ora de frente, ora de lado, já não sei qual a melhor forma de as atravessar. Esquerda, direita, esquerda, direita! 452 pontes. Não estou a exagerar muito!

Seguimos calados. Há muito tempo que vamos correndo quando podemos, andando quando não podemos, mas seguimos calados. Quebro o silêncio com um dos meus gritos estridentes, vendo luzes de civilização ao fundo.

Quando chegamos à levada de água sei que estamos perto. Sei também que depois de rolar um bocadinho terei uma rampa-toma-lá-para-veres-o-que-é-bom para subir até ao pavilhão. Há um ano sentei-me lá em cima aguardando os meus amigos ultras e rindo-me das suas caras a terminar aquele desafio. "Ri-te, ri-te", pensava ontem enquanto a subia.

Passaram 12h16m desde que parti de manhã. À espera dos totós está um pavilhão cheio... cheio de alegria de dezenas de elementos da organização e alguns atletas resistentes, que nos recebem como verdadeiros heróis!

Termino com um sincero agradecimento à organização, recheada de gente maravilhosa. Não sei se serei desclassificada por dizer isto, mas em Espinho, no último abastecimento, uma das meninas preparou e deu-me a tosta com dose de mel extra à boca... Não sei se foi por gentileza ou por ver o estado das minhas mãos, confesso. A todos a quem fiz esperar e privei de ver uma qualquer jogatana de futebol que dava na TV aquela hora... desculpem qualquer coisinha. Para a próxima tentarei ser mais rápida. Ou, quem sabe, retribuindo a gentileza de quem acompanhou os totós, varrer totós em 2015!

domingo, 19 de janeiro de 2014

Sintra fora de foras

"Amanhã almoçamos com os netos", disse o meu pai ao telefone, anunciando uma visita a Lisboa. "Ótimo", respondi. "Das duas, uma", pensei, "ou como a papinha maravilhosa da mãe Zé ou vou ao restaurante e almoço com paitrocínio". "Não Susana, só com os netos", esclareceu o meu pai.
"O meu pai acaba de dispensar a minha companhia", interiorizo finalmente. Estou destroçada. Que fazer?
"Acaba de surgir um slot na tua preenchida vida", penso. Em dois minutos envio uma mensagem aos suspeitos do costume. Está feito. Treino em Sintra, como há tanto desejo, em horário "fora-de-horas". Ninguém corre à hora de almoço de domingo. Mensagem para aqui, mensagem para ali. Perguntam que distância correremos. O Pedro não se quer cansar e sugere 4 km. O Ricardo concorda. Eu respondo 2 a 3 horas por lá. Atenção. Não disse que não aos 4 kms. Disse 2 a 3 horas por lá. A minha resposta pressupunha que até admitia fazer menor distância do que os 4 km. Eu sei bem que é possível!
Os suspeitos do costume começaram o treino à hora que todos os outros terminavam e chegavam à Barragem do Rio da Mula. Uns correndo, outros pedalando, todos chegaram quando nós partimos. Bem... quase todos. A Carla-Happy-in-Dreamland também surgiu "tarde e a más horas", acompanhada do seu GPS e iniciava também o seu treino de 30 km. Não quis nada com os suspeitos do costume. Fez bem. Fazemos demasiado barulho!
Finalmente tive oportunidade de fazer o "trilho das pontes" completo, desde o topo no Monge. Se pretendo treinar para Frosty, tenho mesmo que o repetir 1 milhão de vezes! E... mais rápido, mais solta, mais sem-medo-de-ficar-sem-dentes!
13,5 km depois chegámos... mais cansados, mais felizes, mais sábios, mais sujos, mais cheios de tâmaras, mais ofegantes, mais divertidos, mais positivamente energizados (verdadeiros protões), mais... melhores bons!

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Sobre o Cross da Laminha e outros assuntos

A abertura da minha época desportiva aconteceu a 12 de janeiro.
Atrevo-me a dizer que naquele dia a Cumeira terá recebido maior número de atletas do que os habitantes que tem. Se não eram em maior número, eram seguramente mais barulhentos, mais divertidos, mais desenrascados… mais… enlameados!

As equipas

Nunca eu estive numa prova onde visse tanta gente “igual”. Muitos amarelinhos. Muitos azulinhos. Muitos laranjinhas. Mas os amarelinhos esmagavam todos os outros, é certo. Tal como os outros, os Offtel Runners lá exibiam orgulhosos as suas t-shirts. Num cantinho fui observando toda aquela dinâmica. “Susana, se calhar devias começar a pensar neste assunto. Pertencer a uma equipa, a um clã”, pensei eu para comigo.
A verdade é que vou respondendo orgulhosamente que na corrida não pertenço a ninguém, senão a mim própria. Costumo até dizer que me agrada a ideia de ser por conta-própria a correr, já que em tantas outras coisas sou por conta-de-outrém. Refiro-me naturalmente à atividade profissional, mas também a quase tudo o resto. Afinal, hoje em dia, o que somos senão pessoas por conta-de-outrém? Por conta das decisões da troika, do governo, da oposição, do Banco de Portugal… ou do vizinho de cima que nos acorda porque faz sapateado a horas impróprias! Cada vez menos por nossa conta e mais por conta do resto do mundo, é certo!
Mas voltemos aos outros clãs…
Na verdade eu queria fazer parte de uma equipa.  Queria ser coleguinha da Anna Frost. Queria pertencer à equipa de trail running da Salomon. Estarei a sonhar demasiado alto? Eu corro com ténis da marca. Corro com uma saia-calção da marca. Corro com uma t-shirt da marca. Corro com uma mochila da marca. Apenas… preciso de correr mais! Certo? A alternativa será alguém na equipa da Salomon descobrir o potencial de mercado subjacente a mães-corredoras-não-tão-jovens-assim- que-não-correm-muito-mas-que-no-meio-de-tudo-o-resto-ainda-conseguem-correr-qualquer-coisa! Espero que a Bárbara Sá me esteja a ler e de volta de um ficheiro excel a fazer a análise custo/benefício da minha proposta!
Sentaram-se a rir? Dirão que sonho alto? Acham mesmo? Caramba! Conheço um tal senhor que faz muito menos e vive no Palácio de Belém. E não é patrocinado por uma marca, mas por um país inteiro. 11 milhões!
Mas voltemos ao que interessa e nos faz bem!

Lama na Laminha

14 km separavam a partida da meta.
A partida fez-se de forma muito relaxada. Cumprimentei alguns amigos. Fui “encontrada” por outros. Rolando com tranquilidade, como diria o outro. Bem vistas as coisas, saberei rolar de outra forma?! Creio que não!
14 km é coisa pouca, dirão. Pois sim. Mas nestes 14 km muita coisa aconteceu. E a organização teve o cuidado de alertar antecipadamente os atletas…

“Isto é de loucos” (várias vezes, ao longo do percurso), anunciava uma tabuleta.
Querem melhor forma de arrancar sorrisos a quem por ali passa? Muitos trilhos onduladinhos como gosto. Muitos zigue-zagues também. Direita, esquerda, direita, esquerda. A dado momento digo que estou tonta e uma atleta que segue na frente pergunta se preciso de açúcar. “Oh, obrigada… estava a brincar!”, respondo. “Não estou tonta, sou tonta”, penso para comigo!

“Super fácil”, anunciava mais uma tabuleta…
E logo éramos confrontados com pedra e lama, e lama e pedra, e de novo o inverso… e os sapatos a derrapar… e as pernas a dançar ao sabor da lama. “Ais” e “uis” ouvem-se pelo campo. Ou porque as silvas nos arranharam, ou porque pontapeámos uma pedra “à la CR7”, ou porque ficámos com o nariz a 2 cm do chão depois dos sapatos derraparem em mais… laminha!

“Cuidado… Merda” (não fui eu que escrevi isto).
Se dúvidas tivéssemos, o olfato logo nos esclareceria metros adiante. Ainda assim “não está tão mau este ano”, diziam os reincidentes na prova que seguiam por perto. “Este ano até temos pouca lama”, insistiam. “Certo… isto é pouca lama…”, pensei eu para com os meus botões (quais botões?!)…

“Não te afogues” é o próximo aviso e a lama não se faz tardar.
Um rio de lama… uma piscina de lama! Há quem se esforce e agarre em dois grandes troncos procurando construir uma ponte. Mas eu estou com pressa (como sempre) e não tenho tempo a perder… Splash, lama pela cintura! Estou certa de que a Inês e Diogo não reconheceriam a mãe naqueles preparos. Nunca ousaram chegar a casa no estado em que terminei a prova e têm menos 30 anos do que eu. Adiante…

“Ri-te agora”, anuncia a tabuleta seguinte…
Rapidamente me pergunto “espelho meu, espelho meu, haverá no mundo alguém mais lamacento do que eu?”… Ri-me é certo, mas lá atrás, uns metros atrás, ouvia outros atletas a rirem também.  E ainda não haviam visto a tabuleta. Terá alguém conseguido não gargalhar a 12 de janeiro na Laminha? Não creio!
Entretanto, mais um obstáculo. A lebre do grupo pergunta-me se consigo saltar aquilo que me parece ser uma poçazita. “Para quê tanto esforço agora?”, respondo eu. Avanço para aquilo que penso não ter mais do que 2 cm de altura de água… e de lama. Pufff. Avaliação errada. Afinal era a albufeira de uma barragem (quase!) e fico com água pela cintura (fácil, não sou alta!).

“Falta 1 km”, anuncia a penúltima tabuleta.
Sorrio e penso no almoço. Já falta pouco mas sei bem que 1.000 metros neste tipo de experiências podem-se revelar…  penosos! 600 metros passam e atingimos o último aviso: “faltam 400 metros”! Se fosse uma organização honesta, teria escrito “e vais subir que se farta!”. Sigo nos meus “baby steps”, determinada a não caminhar. Talvez tenha dado dois passos mas rapidamente me lembrei que tinha ido ali para correr. Mais um fôlego, só mais um, e sigo para o sprint de 5,30 metros, sem subidas nem descidas, até à meta.

O banquete

Quando cheguei ao local do almoço poucos lugares havia disponíveis. Os atletas e respetivos acompanhantes aguardavam impacientes. Coube-me a mim esperar também um pouco. Um pouco contra-vontade também, porque o apetite já se fazia avisar, entendi depois a razão de ser de tão longa espera.
Aquela era uma grande sala de banquetes para casamentos. Nos casamentos ninguém inicia o copo d’água sem que antes cheguem os noivos. E faltava o Victor Ferreira. Qual noivo no seu fraque, entrou pela porta dos fundos, e as salvas de palmas não se fizeram esperar. Mas ainda faltavam alguns convidados – os derradeiros atletas. Aqueles que demoram um pouco mais que os outros a cruzar a meta e que, por esse motivo, mais sujeitos às intempéries, mais merecem um almoço quente. Por isso, caros atletas rápidos… tivessem corrido mais devagar, é o que vos digo!

domingo, 5 de janeiro de 2014

Lisboa, temporada 2, primeiro episódio.

25 km são necessários para correr do Campo Pequeno até à Torre de Belém e voltar.
25 km depois, sou obrigada a concordar com a senhora de 90 kg que se encontrava à beira da estrada na São Silvestre da Amadora há dias e exclamou à minha (lenta) passagem "corre que és nova! lá mais à frente vão velhas com o dobro da tua idade!". Confesso que quando a ouvi, pen
sei que agrediria alguém na última noite de 2013. Ou, no mínimo, voltaria atrás para lhe perguntar se o hobby da senhora eram as novelas no sofá a comer tremoços. Mas segui caminho.
Algo de errado se passa no reino da Susanaya, mas alegro-me em pensar que hoje ainda é dia 5 de janeiro!
De qualquer forma, cansada ou não, é impossível esquecer aquele momento em que chegamos ao Terreiro de Paço e encontramos o rio pela frente. Roubando a ideia da Rita, que recordou as palavras do "Tio Cid", digo contente que hoje caiu neve em Nova Iorque e fez sol no nosso "jardim"!
Desejos de ótimo domingo!