domingo, 19 de janeiro de 2014

Sintra fora de foras

"Amanhã almoçamos com os netos", disse o meu pai ao telefone, anunciando uma visita a Lisboa. "Ótimo", respondi. "Das duas, uma", pensei, "ou como a papinha maravilhosa da mãe Zé ou vou ao restaurante e almoço com paitrocínio". "Não Susana, só com os netos", esclareceu o meu pai.
"O meu pai acaba de dispensar a minha companhia", interiorizo finalmente. Estou destroçada. Que fazer?
"Acaba de surgir um slot na tua preenchida vida", penso. Em dois minutos envio uma mensagem aos suspeitos do costume. Está feito. Treino em Sintra, como há tanto desejo, em horário "fora-de-horas". Ninguém corre à hora de almoço de domingo. Mensagem para aqui, mensagem para ali. Perguntam que distância correremos. O Pedro não se quer cansar e sugere 4 km. O Ricardo concorda. Eu respondo 2 a 3 horas por lá. Atenção. Não disse que não aos 4 kms. Disse 2 a 3 horas por lá. A minha resposta pressupunha que até admitia fazer menor distância do que os 4 km. Eu sei bem que é possível!
Os suspeitos do costume começaram o treino à hora que todos os outros terminavam e chegavam à Barragem do Rio da Mula. Uns correndo, outros pedalando, todos chegaram quando nós partimos. Bem... quase todos. A Carla-Happy-in-Dreamland também surgiu "tarde e a más horas", acompanhada do seu GPS e iniciava também o seu treino de 30 km. Não quis nada com os suspeitos do costume. Fez bem. Fazemos demasiado barulho!
Finalmente tive oportunidade de fazer o "trilho das pontes" completo, desde o topo no Monge. Se pretendo treinar para Frosty, tenho mesmo que o repetir 1 milhão de vezes! E... mais rápido, mais solta, mais sem-medo-de-ficar-sem-dentes!
13,5 km depois chegámos... mais cansados, mais felizes, mais sábios, mais sujos, mais cheios de tâmaras, mais ofegantes, mais divertidos, mais positivamente energizados (verdadeiros protões), mais... melhores bons!

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